terça-feira, 13 de abril de 2010

O amor e a bala proibida

Quando criança passava pela venda do Sr. Militão e olhava o pote de balas no balcão, elas me causavam um grande fascínio. Assim era aquele homem que cruzava comigo. Quando criança o via cruzar por mim e me lembrava imediatamente da bala do Sr. Militão, o papel da bala era brilhante me fazia devanear. Imaginava aquela bala na boca se desmanchando devagarzinho e me deliciando com o doce que ela deixava aos poucos na mina boca. Mas como a bala, ele também me era proibido. Cresci e sempre cruzava com aquele pecado que passava sempre ao meu lado, e de novo pensava no pote de bala do armazém, mas agora imaginava os beijos, os lábios, os abraços, os carinhos e me punha a me devanear, mas ainda era muito proibido, como a bala do balcão.


Os anos passaram, o mundo deu muitas voltas..... e como deu voltas.

Um dia entra em meu escritório o tal homem proibido, tal como a bala do Sr. Militão. Trazia um cartão na mão e por alguma indicação veio precisando de meus serviços, por indicação de alguém, um anjo com certeza.

Não acreditei no que vi na porta, aquele homem ao qual passei a vida observando de longe e desejando como a tal bala. Passei acreditar que milagre existe.

Mas continuava a ser proibido.

Passei, pensei e calculei, após um ano resolvi a abri o pote pegar a bala e me saborear, deixei os valores de lado, esqueci de tudo que havia aprendido até então e resolvi saborear essa bala que a vida estava me dando, dissolvia lenta, doce e incrivelmente deliciosa na mina boca, esperei e saboreei a bala até o fim.

Acabou como tudo acaba, mas enquanto havia o doce eu saboreei.

Enfim não passo pela mina existência sem ter vivido o que de fato queria, poucas pessoas tem a chance de viver um amor, eu pude viver o amor o desejo e fazer o que realmente queria fazer, e quando alguém me pergunta se sou feliz, nem paro para pensar, com certeza saboreio a vida com prazer e me delicio com doce que ela me oferece.

Ao completar 50 anos, reinvente-se!


Ao completar 50 anos, reinvente-se!

Jornalista americana encara a própria crise de idade e escreve um manual para as cinquentonas

Maria Vianna | Agência O Globo
Na véspera de completar 50 anos, a jornalista americana Suzanne Levine resolveu mudar de vida. Confusa, queria transformar a carreira, mudar a vida pessoal e aproveitar mais a vida.


– Não estava deprimida, mas precisava rever minhas atitudes – explica.


Pensando nisso, resolveu conversar com outras mulheres na meia-idade, incluindo a atriz Helen Mirren, e escreveu o manual A Reinvenção dos Cinquenta, recém-lançado no Brasil pela editora Rocco.


Em entrevista à Agência O Globo, ela falou sobre como as mulheres podem se adaptar melhor a esta nova fase.




Como a forma como a sociedade enxerga as mulheres mudou?
Suzanne Levine ::: 
As coisas estão se transformando muito lentamente, é uma pena. Apesar do corpo enxuto, das conquistas profissionais e da vitalidade para relações pessoais, ainda somos tratadas como surdas, mudas ou perdedoras. Mas aos poucos estamos desafiando as expectativas da sociedade e vamos mudar esta situação lastimável.


Como as mulheres na faixa dos 50 se veem?
Suzanne Levine ::: 
A experiência nos traz poder. No geral, somos mais confiantes e felizes do que as mulheres jovens. Quanto mais vemos outras mulheres mais velhas conquistando seus objetivos e sendo reconhecidas pela sociedade, mais temos a coragem de perseguir nossos sonhos. Não podemos ter vergonha de nossas conquistas nem desta fase da vida. Para as que estão com medo desta nova fase, meu conselho é: seja paciente com você mesma. Mudanças podem ser difíceis. No fim, tudo dá certo.


Qual é a maior preocupação delas?
Suzanne Levine ::: 
Nos preocupamos em não ser levadas a sério. Também nos preocupamos com o tempo: de não ter tempo suficiente para cuidar da família, de viajar, aproveitar os amigos. Hoje a mulher de 50 pode dizer não sem ter medo das consequências, pode viver a vida que escolher se temer o julgamento dos outros. Enfim, pode ser verdadeira, independente e autossuficiente.


Qual foi o melhor conselho que recebeu durante a elaboração do livro?
Suzanne Levine ::: 
Adoro a frase "nada muda se nada muda". Gostei muito de ouvir os mais variados pontos de vista e perceber que para se fazer grandes mudanças, é necessário dar o primeiro passo. Outra dica é nunca esquecer as amigas. Elas é que darão o maior apoio nesta transição. Cultive seus amigos, pois são eles que falam a verdade, nos entendem e nos fazem rir

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Mulher da Página 194: Texto de Martha Medeiros

Ela é loira e linda. Tem 20 anos. Modelo profissional. Saiu na última edição da revista americana Glamour ilustrando uma reportagem sobre autoimagem, e foi o que bastou para causar um rebuliço nos Estados Unidos. A revista recebeu milhares de cartas e e-mails. Razão: a barriga saliente da moça. Teor das mensagens: alívio. Uma mulher com um corpo real.

Não sei se Lizzie Miller, que ficou conhecida como a mulher da página 194, já teve filhos, mas é pouco provável, devido à idade que tem.

No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela dobrinha que se forma ao sentar. E mesmo quem não teve conhece também, bastando para isso pesar um pouco mais do que 48 quilos, que é o que a maioria das tops pesa. Lizzie não é um varapau — atua no mercado das modelos “plus size”, ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42, um insulto ao mundo das anoréxicas.

A foto me despertou sentimentos contraditórios. Por mais que estejamos saturados dessa falsa imagem de perfeição feminina que as revistas promovem, há que se admitir: barriga é um troço deselegante. É falso dizer que protuberâncias podem ser charmosas. Não são.

Só que toda mulher possui a sua e isso não é crime, caso contrário, seríamos todas colegas de penitenciária. Sem photoshop, na beira da praia, quase ninguém tem corpaço, a não ser que estejamos nos referindo a volume. Se estivermos falando de silhueta de ninfa, perceba: são três ou quatro entre centenas. E, nesse aspecto, a foto de Lizzie Miller serve como uma espécie de alforria. Principalmente porque ela não causa repulsa, ao contrário, ela desperta uma forte atração que não vem do seu abdômen, e sim do seu semblante extremamente saudável. É saúde o que essa moça vende, e não ilusão.

Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, cabelos limpos, segurança, satisfação consigo próprio, inteligência e bom humor: é isso que torna um homem ou uma mulher bonitos. Aquelas meninas magérrimas que ilustram editoriais de moda, quase sempre com cara de quem comeu e não gostou (ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso: magérrimas. Não parecem pessoas felizes. Lizzie Miller dá a impressão de ser uma mulher radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma de Psicologia que não tenho. Ela merecia estar na primeira página, mas, mesmo tendo sido publicada na 194, roubou a cena.

Que reação a foto causou em você? Repúdio ou alívio?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Carta de um Homem

1. Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e

acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona

nenhuma emoção.


2. Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim... Não nos

importa quanto medem em centímetros. É uma questão de proporções,

não de medidas.

3. As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas,

cheinhas, femininas... Esta classe de corpo que, sem dúvida, se

nota numa fração de segundo.

4. Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e

a doçura. A elegância e o bom trato são equivalentes a mil Viagras.

5. Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a

natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e

eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas é como ter o

melhor sofá embalado no sótão.

6. É essa a lei da natureza... Que todo aquele que se casa com uma

modelo magra, anoréxica, bulímica e nervosa logo procura uma amante

cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

7. Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês,

porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas,

dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer facilmente,

diante de um homem, que outra mulher é linda.

8. As jovens são lindas... Mas as de 40 para cima são verdadeiros

pratos fortes. Por uma mulher dessas, somos capazes de atravessar o

Atlântico a nado.
9. O corpo muda... Cresce... Não podem pensar, sem ficarem

psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.

Entretanto uma mulher de 50, na qual entre a roupa que usou aos 18

anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se autodestruindo.

10. Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com

equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. ou

seja, aquela que quanto tem que comer, come com vontade ( a dieta

virá em setembro, não antes ); quanto tem que fazer dieta, faz dieta

com vontade ( não se sabota e não sofre ); quando tem

que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quanto tem que

comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

11. Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas

marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra,

testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos "em

formol" nem em SPA... Viveram!

12. O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado

recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados,

ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesáreas e

demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!

A beleza é tudo isto. Tudo junto!!!