A cosmetologia está relacionada com a história do ser humano, tão intimamente, que não se pode definir seu início. Desde a pré-história têm-se percebido cuidados para manter a pele íntegra. Os homens que habitaram cavernas já se utilizavam de tintas para pintar seus rostos e diferenciar-se dos demais.
Correlacionando a história do ser humano com a cosmetologia, podemos perceber uma preocupação com a organização de sensações, as quais eram mantidas pela aplicação de produtos sobre a pele. Torna se assim pouco mais compreensivo o poder da cosmética, pois aqueles que mais se preocupavam com a aparência da pele, usando recursos cosméticos, conseguiram aumentar sua alto-estima, aumentando assim seu controle sobre o corpo, equilibrando as energias e desenvolvendo uma melhor qualidade de vida.
Tais costumes eram tão mais nítidos que até as pinturas nas tumbas e catacumbas de pessoas influentes nos sistemas de sociedade da época, eram tratadas com maior cuidado para representarem o poder que em vida, o corpo, dentro embalsamado, continuasse representando.
O uso de cosméticos e portanto, a história da cosmetologia remonta há pelo menos 30.000 anos. Os homens da pré-história faziam gravações em rochas e cavernas, e também pintavam o corpo e se tatuavam.
Rituais tribais praticados pelos aborígines dependiam muito da decoração do corpo para proporcionar efeitos especiais, como a pintura de guerra. A religião era, também, uma razão para o uso desses produtos: Cerimônias religiosas freqüentemente empregavam resinas e ungüentos de perfumes agradáveis. A queima de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim quer dizer “através da fumaça”.
Que tal uma viagem ao passado quando tudo começou??? Quando os recursos eram bem diferentes do que conhecemos hoje...
Estamos a muitos séculos antes de Cristo, na bíblia do velho testamento. Aqui encontramos diversos relatos de rainhas como Jezabel, Ester e Semíramis que já se utilizavam dos “extratos de embelezamento” para se tornarem mais bonitas e envolventes.
Cleópatra, a lendária rainha do Egito que viveu meio século antes de Cristo, utilizava-se de lamas do rio Nilo e leites de animais para deixar a pele mais fresca e mais jovem, cuidados estes que a consagraram como símbolo da beleza eterna.
Aparentemente os Egípcios foram os primeiros usuários de cosméticos e produtos de toucador em larga escala. Alguns minérios foram usados como sombras de olhos e Rouge, assim como usavam extratos vegetais, como a henna. No entanto, os cuidados no Egito não se limitavam somente às mulheres. Pasmem! Já existiam os metrosexuais...Os faraós eram muito preocupados com a aparência e acreditavam que até mesmo depois da morte poderiam permanecer belos.
Os faraós eram sepultados em sarcófagos que continham tudo o que era necessário para se manter belo. No sarcófago de Tutankamon (1400 aC) foram encontrados cremes, incenso e potes de azeite usados na decoração e no tratamento.
Vamos um pouco mais adiante, agora estamos na era medieval. Em busca de uma pele mais viçosa e driblando os poucos recursos da época , as damas da antiga sociedade grega e romana chegavam a utilizar as fórmulas mais absurdas e inimagináveis possíveis, tais como:
· excremento de crocodilo misturado com água de flores
· Pomadas compostas de gordura de pato,ungüento rosado e aranha amassada
· máscaras de sopa de pão com leite de burra
· pombo triturado com pérolas em pó, mel e cânfora até uma loção de sangue de avestruz misturado com orvalho fresco e urina de elefante