sábado, 5 de junho de 2010

Ideal de beleza no Egito e Roma

Dizia-se que Popéia tinha a pele muito branca graças ao resultado de constantes banhos em leite de jumenta. Ela lançou moda e todas as romanas abastadas eram dadas às máscaras noturnas, onde ingredientes como farinha de favas e miolo de pão se combinavam ao leite de jumenta diluído para formar papas de beleza. Mas a verdade é que a bela complementava seus tratamento de clareamento da pele maquilando as veias dos seios e testa com tintura azul. Esta aparência translúcida foi imitada em misturas de giz, pasta de vinagre e claras de ovos durante muitas décadas.
Conta a lenda que Psyché foi buscar no inferno o segredo da pele branca da deusa Vênus, trazendo a cerusa, ou alvaiade, para compor suas fórmulas mágicas. Até a Renascença italiana esse mesmo alvaiade era usado durante o dia pelas lindas mulheres nobres, que à noite cobriam suas faces com emplastros de vitelo crú molhado no leite afim de minimizar os efeitos nocivos causados pelo alvaiade. O Kama Sutra, escrito entre os séculos I e IV, define a mulher ideal como Padmini, aquela que tem "...a pele fina, macia e clara como o lótus amarelo..." No Japão, do século IX ao XII, período de Heian, a valorização da pele branca era regra geral. Para obter a aparência extremamente clara as mulheres aplicavam um pó espesso e argiloso feito de farinha de arroz, chamado oshiroi. Depois passaram também à usar o beni, pasta feita do extrato de açafrão, para colorir as maçãs do rosto.

Ainda no Egito - Cosmetologia IV

A civilização egípcia ostentava grande conhecimento em pinturas para os olhos e para a face, e em óleos para o corpo e unguentos. Homens e mulheres usavam maquiagem, que não cumpria apenas funções estéticas, mas higiênicas. As pinturas para os olhos eram de cor verde (malaquita) e negra. Óleos e cremes eram aplicados no cabelo e na pele como forma de hidratação num clima seco e quente. Alguns egípcios raspavam completamente o cabelo (para evitar piolhos) e usavam perucas. Nessa cultura a beleza física, tanto de homens como de mulheres, era realçada com o uso de pinturas à base de hena, sobretudo em torno dos olhos e nas unhas.
A maquiagem era empregada em cadáveres, pois se acreditava que, ao ressuscitarem, precisariam estar belos. Todavia, os restos mortais encontrados em tumbas revelam que a maioria dos materiais usados eram brutos, como sulfeto de chumbo e carvão, e, provavelmente, causavam irritação ocular. Pinturas marrom-avermelhadas para a face continham grande quantidade de ferro. Diz-se que o batom de Cleópatra era feito de besouros vermelhos finamente triturados, que resultavam em um pigmento vermelho-intenso, que era misturado com ovos de formiga. Certamente, os efeitos tóxicos dessas misturas foram sentidos “na pele”.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Inicio de Tudo – Pré história e Egito Cosmetologia Parte III

A cosmetologia está relacionada com a história do ser humano, tão intimamente, que não se pode definir seu início. Desde a pré-história têm-se percebido cuidados para manter a pele íntegra. Os homens que habitaram cavernas já se utilizavam de tintas para pintar seus rostos e diferenciar-se dos demais.
Correlacionando a história do ser humano com a cosmetologia, podemos perceber uma preocupação com a organização de sensações, as quais eram mantidas pela aplicação de produtos sobre a pele. Torna se assim pouco mais compreensivo o poder da cosmética, pois aqueles que mais se preocupavam com a aparência da pele, usando recursos cosméticos, conseguiram aumentar sua alto-estima, aumentando assim seu controle sobre o corpo, equilibrando as energias e desenvolvendo uma melhor qualidade de vida.
Tais costumes eram tão mais nítidos que até as pinturas nas tumbas e catacumbas de pessoas influentes nos sistemas de sociedade da época, eram tratadas com maior cuidado para representarem o poder que em vida, o corpo, dentro embalsamado, continuasse representando.
O uso de cosméticos e portanto, a história da cosmetologia remonta há pelo menos 30.000 anos. Os homens da pré-história faziam gravações em rochas e cavernas, e também pintavam o corpo e se tatuavam.
Rituais tribais praticados pelos aborígines dependiam muito da decoração do corpo para proporcionar efeitos especiais, como a pintura de guerra. A religião era, também, uma razão para o uso desses produtos: Cerimônias religiosas freqüentemente empregavam resinas e ungüentos de perfumes agradáveis. A queima de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim quer dizer “através da fumaça”.
Que tal uma viagem ao passado quando tudo começou??? Quando os recursos eram bem diferentes do que conhecemos hoje...
Estamos a muitos séculos antes de Cristo, na bíblia do velho testamento. Aqui encontramos diversos relatos de rainhas como Jezabel, Ester e Semíramis que já se utilizavam dos “extratos de embelezamento” para se tornarem mais bonitas e envolventes.
Cleópatra, a lendária rainha do Egito que viveu meio século antes de Cristo, utilizava-se de lamas do rio Nilo e leites de animais para deixar a pele mais fresca e mais jovem, cuidados estes que a consagraram como símbolo da beleza eterna.
Aparentemente os Egípcios foram os primeiros usuários de cosméticos e produtos de toucador  em larga escala. Alguns minérios foram usados como sombras de olhos e Rouge, assim como usavam extratos vegetais, como a henna. No entanto, os cuidados no Egito não se limitavam somente às mulheres. Pasmem! Já existiam os metrosexuais...Os faraós eram muito preocupados com a aparência e acreditavam que até mesmo depois da morte poderiam permanecer belos. 

Os faraós eram sepultados em sarcófagos que continham tudo o que era necessário para se manter belo. No sarcófago de Tutankamon (1400 aC) foram encontrados cremes, incenso e potes de azeite usados na decoração e no tratamento.
Vamos um pouco mais adiante, agora estamos na era medieval. Em busca de uma pele mais viçosa e driblando os poucos recursos da época , as damas da antiga sociedade grega e romana chegavam a utilizar as fórmulas mais absurdas e inimagináveis possíveis, tais como:
·         excremento de crocodilo misturado com água de flores
·         Pomadas compostas de gordura de pato,ungüento rosado e aranha amassada
·         máscaras de sopa de pão com leite de burra 
·         pombo triturado com pérolas em pó, mel e cânfora  até uma loção de sangue de avestruz misturado com orvalho fresco e urina de elefante

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cosmetologia Parte II

Visão Filosófica
 Por definição, cosmetologia compreende o estudo do cosmos. A palavra Kosmos, do grego antigo, da qual deriva o nosso “cosmos”, significava, originalmente, ordem e arranjo e se aplicava à ordem em que todas as coisas se organizavam.
Entre 450 a 400 antes da era cristã, o filósofo Demócrito, citava que tudo está contido em um outro todo, ou seja, cada cosmos é finito e está contido em outro cosmos. Tal afirmação contradizia outros filósofos como: Tales (625 a 550 a.c.), Pitágoras (575 a 500 a.c.), Sócrates (450 a 400 a.c.), que afirmavam até então que o cosmos era infinito.
Originaram-se então os estudos em cosmologia, que com o avanço das tecnologias, a era atômica concluiram que a afirmação de Demócrito fazia maior sentido.
Com os estudos das tecnologias surgiu a idéia de que “todo ser animado ou não, é um cosmos”, possui uma gigantesca quantidade de partículas e estas agrupadas geram um “mundo” em ordem, que retorna ao sentido original da palavra Kosmos.
Visão antiga chinesa
Os chineses compreendiam o sentido da cosmologia, descreveram o ser humano como parte de um cosmos (mundo) e sob esse ponto de vista, que também o ser humano abriga um mundo interno (cosmos interno).

A divisão do mundo à luz da cosmologia, então estaria entre cosmos interno e externo.

Os chineses caracterizaram também que a divisão destes dois mundos era feita por uma fina membrana, a qual chamamos atualmente de pele.

Existem inúmeras linhas de pensamentos, vertentes mais comerciais e o mundo capitalista tentam modificar o sentido real da cosmologia, introduzindo o conceito de cosmética num plano de igualdade de sentido.

Entendemos que a cosmetologia tem assim um ângulo de visão diferente, afinal ela está contida na cosmologia, e abrange o estudo do uso dos produtos desenvolvidos.
Sob o ponto de vista dos antigos chineses, podemos então, entender a crescente preocupação do ser humano com a pele.
É ela que assegura a integridade física do nosso cosmos interno, protegendo das agressões do cosmos externo e garantindo a manutenção de todos os órgãos internos.
O maior órgão do corpo é a pele e ao identificar a sua importância, o homem passou o desenvolver produtos que proporcionam, cada vez mais, a integridade da mesma. 

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cosmetologia - Parte I- Ivanoé Neves

Sem pretensão nenhuma, quero aqui no meu blog tentar expor a todos minhas recentes pesquisa sobre cosmético, coisas que achei curiosas, que pretendo partilhar com meus leitores, fatos da história dos nossos creminhos e batons do dia-a-dia que acho que gostarão de saber, pode ser considerado “cultura inútil” por alguns, mas vamos entender como chegamos aqui aos 50 anos mais bonitas, mais jovens que nossas mães e avós, e a tendência é ir melhorando cada vez mais, o que vocês vão poder conferir nesta série que vou postar neste mês no blog, se me acompanharem vão conhecer não só a história como a evolução e o futuro da cosmética no mundo.
Para começar a entender a historia é bom saber o significado da palavra cosmetologia e o que é:
Cosmetologia: Cosmeto: (Kosmetic =embelezar)
                               Logia: (estudo)
Cosmetologia é a área da ciência farmacêutica que pesquisa, desenvolve, elabora, produz, comercializa e aplica produtos cosméticos. Estuda os recursos de tratamento e embelezamento natural baseado no uso de produtos, substâncias e embalagens, denominados genericamente de cosméticos de aplicação externa e superficial.
Se hoje é difícil, imagine como as mulheres penavam antigamente para se manter bonitas. Conheça a evolução das técnicas e dos produtos como da pré-história até os dias de hoje.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Homem - DE: ADNA MARIA FERREIRA DE SOUZA


Esse texto foi escrito em 2002 em Maricá-Itaipuaçu-RJ
Feito para os Homens.
Dedicado as Mulheres.
Que fique o texto, pelas gerações que virão.
-Que as Mulheres possam ocupar seu espaço, sem competir com os Homens.
-Que os Homens possam se comportar como Homens sem machucá-las.
Homem quando és semente apenas
É no corpo de uma Mulher
Que germinas…
Quando nasces chorando
É nos braços de uma Mulher
Que te acalmas…
Quando sentes fome
E nos seios de uma Mulher
Que te sacias…
Quando tentas andar
É com auxílio de uma Mulher
Que arriscas os primeiros passos…
Quando começas a falar
É uma Mulher quem te ensina
As primeiras palavras…
Quando te preparas para enfrentar a vida
É uma Mulher quem te incentiva
E te molda o caráter…
Quando começas a despertar para o amor
É uma Mulher
Quem te faz sonhar…
Quando sentes solidão
É uma Mulher que procuras
Para ser tua companheira
Ao longo da vida.
Quando te multiplicas é uma Mulher
Que dá luz aos teus filhos
Dando continuidade
A tua descendência.
Quando enfim…
Entenderás,
Que a Mulher compartilha com a natureza
A criação da própria vida…
Quando enfim, entenderás,
Que dependes dela.
Respeite-a!
Ame-a!
Proteja-a!
E certamente te sentirás,
Mais Homem.

Chico Xavier Sugestão de Bethe C. Gouvêa

Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim

Gilbamar de Oliveira Bezerra


O cruzar de tuas pernas me desperta a paixão
Esse jeito displicente me estimula o apetite,
aprofunda um desejo, descontrola a razão,
provoca ansiedade, acalma a dor da bursite.

Embalsama a melancolia, põe fim à depressão,
desperta meus instintos de forma especial;
descruza, mulher bonita, me tira dessa aflição!
Me faz homem faminto com desejo animal

Olhando atento teu paraíso, remoço, sou jovial,
Põe tua perna bem feita sobre a outra, embeleze
o ambiente em que estás, mostra com discrição
o que de mais caro tens, ainda que só um pouco.

Alguns olham de esguelha, a pulsação alterada,
o mínimo de teu mistério posto à disposição;
cruza e descruza bem rápido, exiba só um esboço!
faz de mim um deja vu, acelera meu coração